A Atlântida, ao lado da Vera Cruz e da Cinédia, é considerada um dos estúdios mais importantes dos primórdios do cinema brasileiro. Fundada em 1941, no Rio de Janeiro, a Atlântida produziu cerca de 66 filmes até 1962, ano de seu encerramento. O estúdio se destacou na produção de chanchadas, filmes de baixo custo, mas com grande apelo junto ao público. "Nem Sansão nem Dalila", "Matar ou Correr" e "Aviso aos Navegantes" estão entre os filmes mais famosos produzidos pela Atlântida. Além disso, o estúdio contou com um elenco de astros e estrelas talentosos e populares, como Grande Otelo, Eliana Macedo, Fada Santoro, Zé Trindade, Zezé Macedo, Adelaide Chiozzo, Ankito, entre outros.

Em 2 de novembro de 1952, um incêndio de grandes proporções atingiu o estúdio, destruindo parte significativa do acervo da produtora de filmes. Filmes que estavam em produção foram consumidos pelo fogo, sobrevivendo apenas "Três Vagabundos", "Meu Amigo Bicheiro" e "Casa da Perdição". Toda a produção de cinejornais da década de 1940 até o ano do incêndio foi totalmente perdida. "Fantasma por Acaso", de 1946, é o filme mais antigo sobrevivente do incêndio. O acidente resultou em uma vítima fatal: o vigia do estúdio.

Na época, o diretor de produção do estúdio chegou a declarar que a Atlântida transferiria suas operações para o Teatro Glória até que novas instalações fossem construídas. O incêndio pode ter sido causado pela combustão do nitrato de celulose, material dos negativos, altamente inflamável, ou por um curto-circuito que, em contato com o material inflamável, desencadeou o fogo. Outra teoria levantada por algumas revistas e jornais da época, como o Correio Paulistano, publicado em 5 de abril de 1953, meses após o incêndio, sugeria que a causa poderia ter sido criminosa: a produção do filme "Amei um Bicheiro" teria provocado a ira dos bicheiros, que encomendaram o incêndio. Ironicamente, o filme escapou das chamas.

FONTES
https://memoria.bn.gov.br/pdf/085995/per085995_1952_00877.pdf
https://blog.hiperion.art.br/2024/03/07/atlantida-cinematografica-cinema-brasileiro/
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq24079906.htm
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq0503200106.htm
https://almanaquebrasil.com.br/files/curiosidades-cinema/7576-atlantida-cinematografica/

O Mágico de Oz (1925)
Dirigido por Larry Semon, que também atua no filme como um lavrador disfarçado de espantalho. No elenco, Dorothy Dwan como Dorothy e Oliver Hardy, posteriormente conhecido por sua parceria com Stan Laurel. No longa, Hardy interpreta o Homem de Lata. Não foi uma adaptação fiel ao livro, trazendo novos personagens e acontecimentos. Uma das mudanças significativas é colocar o Homem de Lata, o Leão e o Espantalho como disfarces dos lavradores após serem levados pelo tornado para Oz.

O longa foi recebido com entusiasmo pelas revistas especializadas em cinema, mas após as primeiras sessões, tornou-se um fracasso de crítica e bilheteria. Durante a distribuição do longa, o estúdio que o produziu, Chadwick Pictures, acabou falindo e muitos cinemas sequer chegaram a exibi-lo.

Molly Ringwald 

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