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NÃO ME MANDEM FLORES (SEND ME NO FLOWERS) - O ÚLTIMO FILME DA DUPLA DORIS DAY E ROCK HUDSON
Na década de 50, Doris Day era uma das atrizes absolutas nas listas de maiores bilheterias. Fez diversos musicais, arriscou fazer filmes de suspense, inclusive fez um filme com Hitchcock. Ainda na década de 50, fez um sublime desempenho em "Ama-me ou Esquece-me" (Love Me or Leave Me) baseado na vida da cantora, atriz e dançarina Ruth Etting, que vivia um relacionamento abusivo com um gângster que a descobriu e passou a agenciar sua carreira. Mas foi ainda na década de 50, especificamente no final dela, que o gênero que consagrou Doris, as comédias românticas, começara a entrar em declínio.
Foi então que surgiu em 1959, "Confidências à Meia-Noite" (Pillow Talk), estrelado pela própria Doris Day em parceria com Rock Hudson e Tony Randall, filme que revolucionaria o gênero e daria um novo gás, além de servir de inspiração para produções posteriores. O filme ganhou um Oscar na categoria de Roteiro Original, além de diversas outras indicações e Doris ganhou sua primeira e única indicação na categoria de Melhor Atriz.
Satisfeitos com o sucesso de "Confidências à Meia-Noite", os executivos da Universal, reuniram o trio novamente em 1961 em "Volta Meu Amor" (Lover Come Back), filme com uma trama bem semelhante à "Confidências à Meia-Noite". Curiosamente, o filme recebeu uma indicação ao Oscar na categoria Melhor Roteiro.
Em 1964, viria "Não me Mandem Flores" (Send Me No Flowers), terceiro e último filme do trio. O filme possui uma trama totalmente diferente dos anteriores. A trama é baseada em uma peça de teatro escrita por Norman Barasch e Carroll Moore, que ficou em cartaz na Broadway entre 1960 e 1961 e contou como protagonista David Wayne, filho de John Wayne.
George (Rock Hudson) é um hipocondríaco que faz da vida de todos ao seu redor um inferno. Um dia, após sentir dores no peito, ele decide ir ao médico. Após terminar seus exames ele acidentalmente ouve uma conversa de seu médico ao telefone, comentando que acabara de atender um paciente que está prestes a morrer. Neurótico, George pensa que o paciente terminal é ele. Desesperado, ele pede ajuda a seu amigo Arnold (Tony Randall), para que arrumem um marido "substituto" para sua esposa Judy (Doris Day), para que ela não fique sozinha após sua morte. George e Arnold começam a elaborar uma lista de homens disponíveis e começam a apresentá-los para Judy, que nada entende da historia e a confusão está armada, já que Judy pensa que George está tendo um caso e está tentando distraí-la.
Mesmo sendo esse o último filme de Doris Day e Rock Hudson, os dois permaneceram amigos até a morte de Rock Hudson em 1985. Em uma entrevista de 2011, Doris Day contou como começou a grande amizade entre os dois. Ela disse que nada sabia sobre ele e que ficou em dúvida se o nome real dele era "Rock" mesmo. “Mas não demorou muito para conhecê-lo, porque ele era engraçado. Ele realmente tinha um ótimo senso de humor. E ele me chamou de Eunice. Ele sempre tinha que ter um nome para mim. Havia muitos deles, mas Eunice foi o que ele mais gostou”, ela lembrou. "Tivemos momentos maravilhosos."
Um dos momentos mais marcantes da amizade entre os dois, foi o último registro deles juntos em um programa de Doris Day em 1985, pouco antes de Rock falecer. "Eu mal o reconhecia", lembrou-se. "Ele estava muito doente. Mas eu simplesmente ignorei isso e saí e coloquei meus braços em volta dele e disse: 'Estou feliz em vê-lo' ”. Doris Day também foi uma das amigas que se mantiveram ao lado de Rock Hudson, desde sua declaração pública sobre ser homossexual e ser portador do vírus HIV.
Sobre a última vez em que o viu, ela disse: "Ele estava muito cansado". “Eu levava o almoço para ele e preparava uma travessa grande, mas ele não podia comer. Eu dizia 'E se eu pegar um garfo e alimentá-lo', mas ele disse 'Doris, eu não posso comer'. Nos beijamos na despedida e ele me deu um grande abraço e me segurou. Eu estava chorando. Foi a última vez que o vi, mas ele está no céu agora. Não sei quem primeiro me contou sobre a morte dele porque uma enxurrada de telefonemas me ocorreu. Foi uma época muito difícil ”.
Sobre os três filmes que fizeram juntos, Doris disse: “Acho que a razão pela qual as pessoas gostam de nossos filmes é porque eles podiam dizer o quanto gostávamos um do outro. Foi assim que apareceu na tela. Ele era um bom amigo. Nunca esquecerei o quanto rimos."
"Não Me Mandem Flores", foi lançado pela Classicline. Clique na capa, para maiores informações ou para comprar:
FOTOS DE DORIS DAY
CINEMATECA - EU, ELA E A OUTRA (MOVE OVER, DARLING)
Um poema chamado " Enoch Arden", escrito em 1864 por Alfred Tennyson, um barão inglês, falava sobre um pescador, casado e pai de três filhos, que deixa a família ao receber uma oportunidade de trabalho. Durante a viagem, o pescador acaba sofrendo um acidente de barco e naufragando em uma ilha deserta com dois companheiros, que acabam morrendo e deixando o pescador só. Após dez anos, o pescador descobre que sua esposa, pensando que ele estava morto, está agora casada com seu melhor amigo de infância e que tem um filho com ele. O pescador descobre também que um de seus três filhos morreu. Decidido a não estragar a felicidade de sua esposa, o pescador decide não se revelar vivo e acaba morrendo de decepção.
O poema chegou a ser adaptado diversas vezes para o cinema, na fase silenciosa houve três adaptações, sendo uma delas dirigida por D.W. Griffith. Em 1940, o poema ganhou uma adaptação cômica chamada "Minha Esposa Favorita" (My Favorite Wife), uma das comédias mais aclamadas da história do cinema, sendo estrelada por Irene Dunne, Cary Grant e Randolph Scott. No mesmo ano foi produzida uma versão hoje obscura e esquecida, chamada "Maridos em Profusão" (Too Many Husbands), nessa versão o marido é dado como morto e a esposa interpretada por Jean Arthur se casa com um outro homem.
Em 1962, seria produzida uma nova adaptação do poema, chamada "Something's Got to Give", com Marilyn Monroe, Dean Martin e Cyd Charisse nos papéis principais, porém a produção se tornou bastante tumultuada, devido aos atrasos e faltas de Marilyn Monroe que dizia sofrer de diversas doenças. Os atrasos e faltas de Marilyn acabaram prejudicando a produção que estava com o orçamento estourado e diversos atrasos no cronograma de gravações. Então, Marilyn acabou sendo demitida e a Fox cogitou colocar outra atriz em seu lugar e refilmar todas suas cenas, porém Dean Martin se negou a continuar no projeto e o filme não foi concluído. Chegou-se a recontratar Marilyn, porém ela acabou morrendo alguns dias depois.
No ano seguinte, a Fox resolveu trazer de volta o projeto de regravação do poema e desta vez adaptou o projeto para ser estrelado por Doris Day. Além de Doris Day, o filme conta com James Garner, Thelma Ritter e Polly Bergen. O filme recebeu o nome de "Move Over Darling". O roteiro do filme foi baseado diretamente na adaptação de 1940 (My Favorite Wife), sofrendo algumas alterações e atualizações e fazendo com que a personagem se aproximasse mais ao perfil de Doris Day.
A história do filme se mantêm fiel: após 5 anos do desaparecimento de sua mulher Ellen (Doris Day) em um acidente, Nicholas (James Garner) decide declara-la legalmente morta e decide também casar-se com Bianca (Polly Bergen). No dia do casamento de Nicholas e Bianca, Ellen reaparece e descobre através de sua "ex" sogra Grace (Thelma Ritter), que seu marido casou-se naquele dia e que está partindo em lua de mel. Ellen então decide ir atrás do casal, a fim de impedir que o casamento se consuma.
Ellen consegue impedir que o casamento se consuma, deixando Nicholas atordoado com sua volta. Agora Nicholas tem a missão de contar para Bianca toda a verdade, o que não vai ser fácil, já que Nicholas é bastante covarde. Em meio a toda essa confusão, Ellen omite do marido que durante todo o período em que esteve desaparecida e presa em uma ilha, ela não estava só, mas sim acompanhada de um outro homem bastante bonito e atraente a quem chamava de "Adão", enquanto ele a chamava de "Eva". Quando Nicholas descobre esse detalhe omitido, a confusão recomeça.
O filme chegou aos cinemas em dezembro de 1963, na época do Natal e foi um estrondoso sucesso, arrecadando mais de 12 milhões de dólares, enquanto a Fox sofria prejuízos gigantescos com o épico "Cleópatra". Doris Day foi indicada ao Globo de Ouro na categoria de Melhor Atriz Comédia ou Musical, perdendo para Shirley MacLaine em "Irma La Douce".
"Eu, Ela Outra", foi lançado pela Classicline. Clique na capa, para maiores informações ou para comprar:
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CINEMATECA - O TEMPERO DO AMOR (THE THRILL OF IT ALL)
Em 1963, Doris Day já gozava de grande popularidade e era um dos maiores nomes de bilheteria dos cinemas. Já havia sido indicada ao Oscar, já havia feito dois filmes com Rock Hudson, fez um filme com Hitchcock e chegou a fazer alguns filmes de suspense. Mas era com as comédias e musicais que Doris Day arrebatava o público. E não seria diferente em "O Tempero do Amor" (The Thrill of it All). O filme foi baseado em uma história de Larry Gelbart e Carl Reiner, dirigido por Norman Jewison e traz Doris e James Garner nos papéis principais. A química entre Doris e Garner fluiu tão bem, que eles estrelaram mais um filme: "Eu, Ela e a Outra" (Move Over, Darling) feito logo em seguida, capitalizando o sucesso do filme anterior.
O filme conta a história de Beverly Boyer (Doris), uma dona de casa que vive feliz ao lado de seu marido, o ginecologista Gerald Boyer (Garner) e seus dois filhos. Após um jantar em que Beverly fala das excelentes qualidades de uma marca de sabão, Beverly acaba sendo contratada para fazer propaganda do sabão na televisão. Depois de cativar os telespectadores e a crítica, Beverly acaba assinando um contrato milionário e vira uma grande celebridade televisiva. Com fama e responsabilidades, Beverly acaba se distanciando da família e com isso acaba criando conflitos com Gerald. Gerald então decide se consultar com um psiquiatra e após a consulta decide dar o troco na esposa, se tornando indiferente a ela. Com isso, Beverly acaba tendo o seu trabalho afetado e terá que decidir o que é mais importante para ela: a fama ou a família.
Curiosamente, Doris Day não foi a primeira opção para o papel de Beverly, Carl Reiner escreveu o papel, tendo em mente Judy Holliday, porém na época Judy não pôde aceitar ao papel, pois enfrentava um câncer. Judy acabou morrendo dois anos depois. Com a impossibilidade de Judy aceitar o papel, Reiner decidiu então oferecê-lo a Doris Day, que prontamente o aceitou. Essa seria a primeira vez em que Doris Day aceitaria um papel que originalmente havia sido cogitado para uma outra pessoa: no mesmo ano Doris faria "Eu, Ela e a Outra", refilmagem de "Minha Esposa Favorita" (My Favorite Wife), que originalmente foi refilmado como "Someting's Got to Give", com Marilyn Monroe e Dean Martin nos papéis principais em 1962. Devido a atrasos e complicações nos bastidores, a produção de "Something's" acabou sendo cancelada e o projeto arquivado. No ano seguinte decidiram dar outra chance ao roteiro e Doris Day foi convidada para o projeto, junto com James Garner. "O Tempero do Amor" foi a 16ª maior bilheteria do ano, lucrando cerca de 11 milhões de dólares.
"O Tempero do Amor" foi lançado pela Classicline. Clique na capa, para maiores informações ou para comprar:
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