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DOCUMENTÁRIO - J. WARREN KERRIGAN - A PRIMEIRA VÍTIMA DE HOMOFOBIA DO CINEMA
No mês em que é celebrado o orgulho LGBT+, produzi um documentário sobre J. Warren Kerrigan, possivelmente o primeiro homossexual a sofrer homofobia em Hollywood. Por ser afeminado e por recusar-se a manter um casamento de aparências, ele foi obrigado a sair de cena e com o tempo acabou sendo esquecido.
CINEMATECA - GREY GARDENS (1975)
Uma casa caindo aos pedaços com duas moradoras decadentes, isoladas do mundo e que vivem uma relação de amor e ódio, além de viverem presas à memórias do passado. Parece sinopse de filme, mas não é. Essa é a história real de Edith Ewig Bouvier Beale mais conhecida como "Big Edie" e sua filha Edith Bouvier Beale a "Little Edie", retratada no documentário "Grey Gardens" realizado em 1975, por Albert e David Maysles. O documentário retrata um pouco do cotidiano das duas mulheres, vivendo em extrema pobreza em Grey Gardens, uma mansão abandonada em Nova York.
Big Edie e Little Edie foram respectivamente tia e prima de primeiro grau, da ex-primeira dama Jacqueline Kennedy Onassi. Elas viveram por mais de 50 anos em Grey Gardens, que foi projetada em 1897 por Joseph Greenleaf Thorp. A casa foi comprada por Big Edie e seu marido Phelan Beale em 1923. Após Phelan abandonar as duas Edies, Big Edie assumiu o controle da casa, conduzindo tanto sua vida, a de sua filha e a casa à total decadência.
O ápice da decadência, ocorreu entre 1971 e 1972, com a casa sendo infestada por pulgas, além de gatos e guaxinins, sem água corrente para higiene e limpeza, além de um grande número de lixo. As condições de vida de ambas, foram expostas em um artigo do National Enquirer, além da capa da New York Magazine. Após uma série de inspeções pelo departamento de saúde, com as Edies sofrendo ameaça de despejo e a mansão ameaça de demolição, em 1972 Jacqueline Onassis e sua irmã Lee Radziwill forneceram fundos necessários para estabilizar e reparar a mansão em ruínas.
Com a repercussão do caso, Albert e David Maysles, se interessaram pela história e conseguiram permissão para filmar um documentário sobre as Edies, que foi lançado em 1976, sendo aclamado pela crítica e ao mesmo tempo trazendo um choque coletivo, ao mostrar a condição de vida tão precária de ambas.
O documentário foi filmado em seis semanas, porém passou dois anos no setor de montagem. O material original continha mais de 50 horas de filmagens. O documentário chegou a ser adaptado como um musical em 2006, ganhando três Tonys, além de ter sido o primeiro musical a ser adaptado de um documentário. Em 2009 a HBO realizou um filme com Jessica Lange e Drew Barrymore como Big e Little Edie. Big Edie, morreu em 1977 e Little Edie vendeu a casa em 1979 e morreu em 2002 aos 84 anos. A casa foi comprada por Sally Quinn e Ben Bradlee que restauraram completamente a casa e o jardim.
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