Anita Loos foi uma escritora prolífica que, ao longo de trinta anos como roteirista em Hollywood, escreveu mais de cento e cinquenta roteiros e elevou os intertítulos a uma forma de arte. Ela é lembrada por definir as personas da era do cinema mudo de estrelas como Douglas Fairbanks Sr. e as irmãs Talmadge, Constance e Norma, além de criar a personagem Lorelei Lee no romance "Gentlemen Prefer Blondes" (1925), adaptado para o cinema em 1928 e 1953.
Loos vendeu seu primeiro roteiro para a Biograph em 1911, e seu segundo roteiro foi produzido como "The New York Hat" (1912), dirigido por D.W. Griffith. Este filme, um dos mais celebrados de Loos, marcou a última atuação de Mary Pickford para a Biograph e contou com uma participação inicial de Lionel Barrymore, além das irmãs, Lillian e Dorothy Gish, como figurantes.
Com a chegada de Douglas Fairbanks Sr. aos estúdios Fine Arts/Triangle, Loos uniu-se ao diretor John Emerson para escrever roteiros que impulsionaram a popularidade inicial de Fairbanks no cinema. A combinação do humor verbal de Loos com a energia atlética de Fairbanks foi citada por diversas fontes como a fórmula para o sucesso do ator. Loos lembrava que o desafio era encontrar uma variedade de "lugares de onde Douglas pudesse pular", satirizando esse aspecto do personagem de Fairbanks em intertítulos espirituosos.
Após se afastarem de Fairbanks em 1918, Loos e Emerson continuaram a colaborar, casando-se em 1920. Sob contrato com Joseph Schenck, chefe da Associated First National Pictures, a dupla produziu seis filmes para Constance Talmadge. Mais tarde, Loos escreveu a biografia das irmãs Talmadge em 1978, preocupada que seus sucessos fossem esquecidos. Estudos indicam que, embora Emerson insistisse em receber crédito pelos roteiros, sua contribuição era mínima, delegando grande parte de suas funções de direção a assistentes, enquanto Loos assumia a maior parte do trabalho criativo.
Além de seu trabalho no cinema, Loos também se destacou no teatro. Em 1951, ela adaptou para a Broadway a novela "Gigi", de Colette, demonstrando sua capacidade de transpor obras literárias para os palcos com sucesso. Sua contribuição para o teatro reforçou sua reputação como uma artista multifacetada e talentosa.
Anita Loos continuou ativa na escrita até sua morte em 18 de agosto de 1981, em Nova York. Sua carreira, que abrangeu várias décadas, deixou um legado duradouro no cinema, na literatura e no teatro americanos. Como pioneira feminina em Hollywood, ela abriu caminho para futuras gerações de mulheres na indústria do entretenimento.
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