REMAKES BASEADOS EM FILMES CLÁSSICOS

Remakes sempre fizeram parte do cinema, desde o cinema mudo até os dias atuais. Eles permitem que histórias consagradas sejam revisitadas e reinterpretadas, oferecendo novas experiências ao público moderno. Mas nem sempre um remake se mantém fiel ou supera a obra original. Na lista abaixo, apresento alguns remakes baseados em filmes clássicos. Alguns desses remakes são bem obscuros. Vale notar que o intuito deste post não é trazer todos os remakes possíveis; de fato, alguns dos mais famosos e óbvios foram deixados de fora propositalmente. Esse assunto é vasto e certamente possibilita futuras listas.

Sabrina (1995)
Dirigido por Sidney Pollack, foi baseado no original de 1954, dirigido por Billy Wilder e estrelado por Audrey Hepburn, Humphrey Bogart e William Holden. Nesta versão, o trio principal de personagens é interpretado por Julia Ormond, Harrison Ford e Greg Kinnear. O mote principal da história foi mantido, mas diversos outros fatores foram modificados. O tom ácido e sarcástico implementado de forma sutil  na versão original foi totalmente apagado nesta regravação, que optou por uma abordagem mais romântica, visto que foi produzida na época em que as comédias românticas estavam em alta. Diferente do original, foi um fracasso de bilheteria, mas chegou a receber algumas indicações ao Oscar, Globo de Ouro e até mesmo ao Grammy (na categoria de melhor música composta para um filme).

Um Natal em Connecticut (Christmas in Connecticut) (1992)
Além de obscuro, tem uma curiosidade interessante: é a única experiência de Arnold Schwarzenegger como diretor. Baseado no clássico de 1945, estrelado por Barbara Stanwyck, esse remake foi bombardeado de críticas negativas.

Dupla Indenização (Double Indemnity) (1973)
Feito para a TV, esse foi um remake do filme dirigido por Billy Wilder, estrelado por Barbara Stanwyck, Fred MacMurray e Edward G. Robinson, lançado nos cinemas em 1944, tornando-se um dos maiores filmes Noir já produzidos. Nesta versão, Samantha Eggar interpretou a diabólica Phyllis Dietrichson. A intenção era atualizar a história, mantendo elementos fundamentais. O roteiro chegou a ser enviado para Billy Wilder, que o aprovou, mas a crítica acabou considerando a regravação uma "cópia barata" da versão original.

Quero Viver! (1983)
O original, produzido em 1958, foi baseado em um caso real de uma prostituta presa por um crime que não cometeu e condenada à morte, que luta contra o tempo para provar sua inocência. Dirigido por Robert Wise, trouxe Susan Hayward, considerada a rainha do overacting (denominação para atores ou atrizes que exageram em suas atuações), em um de seus melhores momentos na tela, recebendo um Oscar na categoria de melhor atriz. A regravação, produzida em 1983 como um filme televisivo, trouxe Lindsay Wagner, na época uma atriz bastante popular graças ao seriado "A Mulher Biônica" (The Bionic Woman), mas esse fator não impediu que essa produção passasse despercebida e fosse esquecida posteriormente.

Aconteceu no Natal (It Happened One Christmas) (1977)
Feito para a televisão, é uma versão modificada de "A Felicidade Não se Compra" (It's a Wonderful Life), grande clássico natalino dirigido por Frank Capra. Nesta regravação, o personagem principal foi alterado para uma mulher, assim como o anjo da guarda, que agora também é uma mulher. Outra mudança aconteceu no roteiro, fazendo com que personagens secundários pouco explorados no original tivessem um aprofundamento melhor. Teve uma repercussão modesta, mas foi totalmente esquecido quando o original passou a ser exibido na televisão, tornando-se um clássico natalino definitivo.

Vitória Negra (Dark Victory) (1976)
Baseado no drama realizado em 1939, estrelado por Bette Davis, indicada ao Oscar por esse desempenho. Trouxe Elizabeth Montgomery, conhecida pelo seriado "A Feiticeira" (Bewitched), se aventurando em papéis mais densos e dramáticos para se afastar da associação ao seriado. Essa regravação conta com Anthony Hopkins no papel que havia sido de George Brent. Anos antes, foi produzida outra regravação da história, com Susan Hayward no papel principal. "Horas Roubadas" (Stolen Hours) foi produzido em 1963, com diversas mudanças no enredo; uma delas foi ambientar a história na Inglaterra.

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