Hoje, trago mais uma lista com oito filmes que já foram considerados perdidos, mas que milagrosamente tiveram alguma cópia encontrada em algum lugar do mundo.
A versão mais famosa é a que traz Bette Davis no papel da inescrupulosa Leslie Crosbie, sob direção de William Wyler. A versão de 1929, trazia a trágica Jeanne Eagels (já falei sobre ela aqui no blog), em seu último papel, já que a atriz acabaria falecendo pouco depois da realização do filme, nem chegando a colher os elogios por sua atuação. Eagels foi a primeira atriz a receber uma indicação póstuma ao Oscar. Esse é o único filme sobrevivente de Eagels. Os demais são considerados perdidos. Passou anos sendo considerado perdido, até que uma cópia em 35mm foi encontrada, porém sem som nos minutos iniciais. O negativo foi restaurado em 2011.
A Dama das Camélias (Camille) (1926)
Uma das diversas adaptações do livro de Alexandre Dumas Filho, ainda no cinema mudo. Estrelado por Norma Talmadge e Gilbert Roland e dirigido por Fred Niblo, passou anos sendo considerado um filme perdido. Foi encontrada uma cópia em 35mm em agravado estado de decomposição. Por causa disso, faltam diversas cenas e o filme segue incompleto.
Mais uma adaptação envolvendo Sherlock Holmes, personagem criado por Sir Arthur Conan Doyle, que já foi considerada perdida. Após anos considerado perdido, duas cópias foram encontradas e restauradas. Uma na Rússia e outra na própria Alemanha, país onde o filme foi produzido.
O controverso filme, responsável por lançar Bette Davis ao estrelato, foi produzido pela RKO. O negativo original foi destruído, assim que o Código Hays foi instalado em Hollywood. Graças a censura, passou anos no ostracismo e só foi considerado perdido, quando Kim Novak solicitou uma cópia, na década de 60 e perceberam que não havia mais o negativo original. Posteriormente, foram encontradas cópias ao redor do mundo.
No início do cinema sonoro, não existia ainda a dublagem, então era comum os estúdios produzirem versões alternativas de filmes americanos. Foi assim com "Anna Christie", produzido em inglês e alemão e foi assim com "Drácula", produzido em inglês e espanhol. Diferente de "Anna Christie", que trazia Greta Garbo, a estrela principal nas duas versões, "Dracula", trazia Bela Lugosi na versão americana e Carlos Villarías na versão espanhola, além do elenco completamente diferente. Durante o dia era gravada nos estúdios da Universal, a versão americana. Durante a noite a versão espanhola. Foi considerado perdido até a década de 70, quando foi encontrada uma cópia incompleta. Anos mais tarde, foi encontrada uma cópia mais completa em Cuba e o filme foi restaurado e exibido quase em toda sua totalidade.
Estrelada por Fredric March (ganhador do Oscar por esse papel) e Miriam Hopkins, sob direção de Rouben Mamoulian, na Paramount, essa versão teve todos os negativos destruídos, quando a MGM em 1941, decidiu fazer uma nova versão. A MGM comprou os direitos de adaptação, além dos negativos originais. Por temer comparações, o estúdio decidiu destruir todas as cópias conhecidas do filme. No final, a versão produzida em 1941, com Spencer Tracy, Ingrid Bergman e Lana Turner, não atingiu o sucesso esperado e anos depois cópias da versão antiga foram descobertas.
Mais um caso em que a MGM ao decidir fazer uma nova versão de um filme, comprou os direitos de adaptação e mandou destruir todas as cópias conhecidas do filme anterior. Em 1944, ao decidir fazer uma nova versão de "Gaslight", a MGM mandou destruir todos os originais. Durante anos, acreditava-se que o filme não havia sobrevivido, até surgirem cópias até então obscuras.
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