Artigo com algumas fotos +18
Conheci Alair Gomes, através da minha amiga Thais Maurelli da Lady Hollywood. Sabendo do meu amor por fotografia, ela me mostrou o trabalho do Alair, que me encantou e então decidi criar esse artigo. Alair de Oliveira Gomes, nasceu em Valença, no Rio de Janeiro em 20 de dezembro de 1921. Além de fotógrafo, era engenheiro (civil e eletrônico), professor e crítico de arte e cultura. Hoje em dia seu trabalho como fotógrafo é mais conhecido, principalmente as fotos de corpos masculinos, nus ou seminus, tiradas entre os anos 70 e 80, com uma dose de homoerotismo.
Alair formou-se em engenharia civil e eletrônica em 1944, abandonando-a em 1948, para se dedicar a pesquisa autônoma de filosofia da ciência estética e história da arte, lecionando Filosofia da Ciência na Universidade de Yale. Chegou a ser Professor Assistente no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Fundou a revista Magog em 1946, junto com Marcos Konder Reis. Seus primeiros contatos com a fotografia, ocorreram em 1965, durante uma viagem à Europa. No ano seguinte Alair começou a se aventurar fotografando rapazes nas ruas, tornando-se um dos percursores do homoerotismo fotográfico no Brasil.
As fotos de rapazes nas praias do Rio de Janeiro, especialmente as tiradas nos anos 70 e 80, são hoje o trabalho mais conhecido de Alair. Essas fotos foram tiradas a partir do seu apartamento, cujo o fundo proporcionava uma vista direta para a praia. Poucas fotos eram pousadas. Alair também fotografava paisagens, vegetais, celebridades e cenas do Carnaval carioca.
Em 1977 criou e foi coordenador da Área de Fotografia da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, escrevendo e dando cursos sobre Filosofia e Arte Contemporânea.
Sua primeira mostra ocorreu na Galeria Cândido Mendes em 1984. Ao todo Alair produziu cerca de 170 mil negativos e 16 mil ampliações da década de 60, até o fim de sua vida, quando foi assassinado em 1992. Para quem quiser saber mais sobre Alair, existe um documentário chamado "A Morte de Narciso" de 2003, dirigido por Luis Carlos Lacerda. O documentário conta com depoimentos de pessoas que conviveram com o fotógrafo, além de algumas fotos que compõem sua obra. Para ver o documentário basta clicar aqui.
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