Hollywood sempre foi cercada de figuras trágicas: Montgomery Clift, Marilyn Monroe, Judy Garland, James Dean, entre outros, mas muitos se esquecem de Jeanne Eagels, uma das primeiras figuras autodestrutivas do cinema. Em sua curta carreira, Eagels foi do céu ao inferno rapidamente.
Seu ano de nascimento é impreciso, pois há diversas fontes que dizem que ela nasceu entre os anos de 1888 a 1894. A maioria das fontes citam 1890 sendo seu ano de nascimento. Eagels foi a segunda criança de seis irmãos e teve uma infância bastante modesta. Quando se tornou uma grande estrela, os publicitários do estúdio, enfeitaram sua história de vida, dizendo que ela era filha de um arquiteto, fato que não era verdadeiro. Seu pai era um humilde carpinteiro e morreu quando ela ainda era pequena. Eagels teve que deixar os estudos, para ajudar a pagar as despesas de casa. Começou a trabalhar em uma loja de departamentos e paralelamente trabalhava em eventos de teatro de variedades. Ao descobrir que atuar era sua vocação, fugiu de casa aos 15 anos, para realizar seu sonho de ser atriz.
Em 1911 estreou na Broadway e logo depois se tornou uma Ziegfeld Girl. Sua estreia no cinema ocorreu em 1913, com o filme "The Ace of Hearts". Entre 1913 e 1919 fez cerca de nove filmes, porém ela desprezava profundamente o cinema. Seu nome se firmaria a partir de 1922, ao estrelar nos palcos, "Rain", interpretando a personagem principal, a prostituta Sadie Thompson. Em 1926, ao finalizar a turnê mundial de "Rain", Eagels, chegou a fazer ensaios para interpretar Roxie Hart, em "Chicago", porém teve que deixar o espetáculo antes da estreia. Nesse período Eagels já sofria de problemas com álcool e drogas e seu vício já começava a deteriorar seu trabalho e sua saúde. Devido a um grande número de faltas durante as apresentações e ensaios, chegou a receber uma suspensão de 18 meses do Sindicato dos Teatros.
Suspensa do teatro, Eagels teve que voltar para o cinema que tanto desprezava. Atuou ao lado de John Gilbert em 1927, no filme "Arrependimento" (Man, Woman and Sin). Eagels tentou diversas vezes se internar em sanatórios, para se curar do vício, mas sem sucesso. A situação piorou, quando Eagels começou a usar heroína. O uso constante e abundante da droga, fez com que ela recém-chegada aos 30 anos, começasse a sofrer diversos problemas de saúde.
Mesmo usando heroína e se autodestruindo, Eagels em 1929, estrelou dois filmes: "Ciúmes" (Jealousy) e "A Carta" (The Letter). "A Carta" marcaria a transição de Eagels para o cinema falado. Para quem não sabe, essa é a primeira versão do remake feito anos depois por Bette Davis, sob direção de William Wyler.
Interpretando a infiel e inescrupulosa Leslie Crosbie, Eagels recebeu diversas críticas favoráveis ao seu desempenho, porém não teve tempo de desfrutar seu sucesso. Após uma cirurgia ocular, sua saúde ficou mais debilitada do que já era. Eagels acabou falecendo aos 39 anos após sofrer uma overdose de heroína em 3 de outubro de 1929. Eagels acabou perdendo o prêmio de melhor atriz para Mary Pickford em "Coquette", com isso foi a primeira atriz a ser indicada postumamente a um prêmio na academia. Seu filme "Ciúmes", foi lançado após sua morte e hoje esse filme é considerado perdido. Em 1957, foi produzido um filme chamado "Lágrimas do Triunfo" (Jeanne Eagels), com Kim Novak interpretando a trágica estrela.
O filme pouco fez pela memória da trágica atriz, já que muitos fatos foram omitidos, mudados ou romanceados demais. A Columbia, estúdio que produziu o filme, chegou a ser processado pela família da atriz que não aprovou a forma como ela foi retratada na película. "A Carta" é o único filme de Eagels que sobreviveu durante os anos, mas por muito tempo foi considerado perdido. Foi encontrada uma versão em 35 mm, porém sem som nos minutos iniciais do filme. O filme sofreu um minucioso processo de restauração e foi relançado em 2011, dando a oportunidade de conhecermos seu mais famoso desempenho.
Mesmo usando heroína e se autodestruindo, Eagels em 1929, estrelou dois filmes: "Ciúmes" (Jealousy) e "A Carta" (The Letter). "A Carta" marcaria a transição de Eagels para o cinema falado. Para quem não sabe, essa é a primeira versão do remake feito anos depois por Bette Davis, sob direção de William Wyler.
Interpretando a infiel e inescrupulosa Leslie Crosbie, Eagels recebeu diversas críticas favoráveis ao seu desempenho, porém não teve tempo de desfrutar seu sucesso. Após uma cirurgia ocular, sua saúde ficou mais debilitada do que já era. Eagels acabou falecendo aos 39 anos após sofrer uma overdose de heroína em 3 de outubro de 1929. Eagels acabou perdendo o prêmio de melhor atriz para Mary Pickford em "Coquette", com isso foi a primeira atriz a ser indicada postumamente a um prêmio na academia. Seu filme "Ciúmes", foi lançado após sua morte e hoje esse filme é considerado perdido. Em 1957, foi produzido um filme chamado "Lágrimas do Triunfo" (Jeanne Eagels), com Kim Novak interpretando a trágica estrela.
O filme pouco fez pela memória da trágica atriz, já que muitos fatos foram omitidos, mudados ou romanceados demais. A Columbia, estúdio que produziu o filme, chegou a ser processado pela família da atriz que não aprovou a forma como ela foi retratada na película. "A Carta" é o único filme de Eagels que sobreviveu durante os anos, mas por muito tempo foi considerado perdido. Foi encontrada uma versão em 35 mm, porém sem som nos minutos iniciais do filme. O filme sofreu um minucioso processo de restauração e foi relançado em 2011, dando a oportunidade de conhecermos seu mais famoso desempenho.
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