MARLENE DIETRICH - O ANJO AZUL DE HOLLYWOOD

Marlene Dietrich, faria alguns filmes sem grande importância, até ser descoberta por Josef von Sternberg um diretor austríaco, que a convidou para protagonizar "Der Blaue Engel" (O Anjo Azul). Esse seria o primeiro de sete filmes nos quais Marlene seria dirigida por Josef, que seria uma pessoa de grande importância em sua carreira. Curiosamente o filme enquanto estava sendo concebido, era bastante desacreditado, com muitas pessoas envolvidas apostando no fracasso. Curiosamente, o contrário aconteceu: o filme fez um estrondoso sucesso e Marlene com sua Lola, se transformou em um símbolo sexual na Alemanha e posteriormente mundialmente.
Com o sucesso de "O Anjo Azul", Marlene e Josef foram rumo aos Estados Unidos e filmaram "Marrocos" (Morocco), primeiro filme americano de Marlene Dietrich, já que Sternberg havia dirigido alguns filmes americanos anteriormente. Nesse filme Marlene entraria para a história do cinema, com uma sequência de beijo lésbico ocorrida em um bar. Marlene de smoking puxa uma moça e lhe dá um beijo e logo em seguida entrega uma rosa para o personagem de Gary Cooper. A cena quase foi eliminada no processo final de edição, mas graças a astúcia de Marlene que argumentou que o público poderia notar a falha de continuidade. A cena acabou permanecendo. Por esse filme, Marlene recebeu uma indicação ao Oscar. Marlene foi também uma das primeiras mulheres a usar calças publicamente. Outra que seguiria esse padrão seria Katharine Hepburn.
Após uma série de filmes com Josef, Marlene já era considerada uma grande estrela em Hollywood, despertando a atenção inclusive de Hitler, que chegou a convidá-la para fazer filmes nazistas, proposta que Marlene sabiamente recusou, despertando a fúria de Hitler, que a chamou de traidora.
Foi uma das primeiras grandes atrizes a aceitar ser filmada em cores. Para filmar "O Jardim de Allah" (The Garden of Allah), seu primeiro filme colorido em 1936, recebeu cerca de 200 mil dólares, até então a quantia mais alta paga à uma atriz. Após verem o filme e como Marlene foi fotografada no processo em cores, várias atrizes perderam o medo e aceitaram serem filmadas à cores.
Marlene passou por um período de fracassos de bilheterias e foi apelidada de "veneno de bilheteria", teve sua carreira recuperada ao trabalhar com Billy Wilder em "A Mundana" (Foreign Affair) em 1948. Trabalhou com Hitchcok em "Pavor nos Bastidores" (Stage Fright) em 1950.Além de atuar, Marlene também cantava e durante a Segunda Guerra, foi ao encontro de tropas aliadas, para entreter e uma das coisas que fazia era cantar.
Chegou a gravar alguns álbuns e a partir de 1952, começou a se apresentar em espetáculos em Las Vegas. Em 1957 estrelaria ao lado de Tyrone Power, "Testemunha de Acusação" (Witness for the Prosecution), uma adaptação de um romance de Agatha Christie,  pelo seu fantástico desempenho, recebeu uma indicação ao Globo de Ouro.
Em 1961, mais uma vez Marlene causava desafetos na Alemanha, ao fazer parte do elenco de "O Julgamento de Nuremberg" (Judgement at Nuremberg) que tratava sobre Holocausto, Nazismo e do tumultuado julgamento que condenou grandes líderes nazistas. No ano seguinte Marlene visitaria Alemanha e sua visita não agradaria todos, principalmente os nazistas remanescentes.
Seu último filme seria "Apenas um Gigolô" (Just a Gigolo) ao lado de David Bowie, em 1978. Após esse filme ela se dedicaria apenas a participações em programas de rádio e televisão. Passou seus últimos anos reclusa em seu apartamento em Paris, recusando qualquer tipo de aparição pública, cinematográfica ou televisiva. Marlene faleceu aos 90 anos no dia 6 de maio de 1992.
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