A história do primeiro Oscar de Bette Davis, começa em 1934, quando a atriz desempenhou o papel da repugnante garçonete Mildred em "Escravos do Desejo" (Of Human Bondage). Na época, Bette ainda não era a estrela em ascensão que seria futuramente, muito pelo contrário. Bette havia feito alguns filmes na Universal e sem grandes repercussões. Seu contrato não foi renovado. Após seu contrato não ser renovado, Bette foi contratada pela Warner, onde fez mais alguns filmes de pouca expressão. Tal fator a irritava profundamente. Bette estava atrás de um grande desafio. E ele apareceu, quando a RKO decidiu produzir uma versão cinematográfica, da polêmica novela de W. Somerset Maugham, escrita em 1915.
O filme foi produzido em 1934, quando o Código Hays era ativo, mas ainda não possuía grande força. O papel de Mildred era bastante contraditório e muitas atrizes o recusaram, por medo de mancharem suas reputações. Foi quando Bette Davis entrou em jogo. Mesmo sabendo que era um papel que poderia acabar de vez com sua carreira que nem havia de fato começado, Bette pediu para ser emprestada a RKO, para fazer o papel. Após uma luta contra Jack Warner que a obrigou a fazer mais uma linha de filmes inexpressivos, Bette conseguiu a liberação para o papel. Bette tinha um ponto a seu favor: o diretor do filme John Cromwell, havia visto um filme com ela e a achava capacitada para o papel e então ele esperou o tempo necessário, para tê-la no projeto.
Bette contou também com a aprovação de Leslie Howard, que de fato era o nome em destaque do filme. Eles ainda fariam mais dois filmes alguns anos depois: "A Floresta Petrificada" (The Petrified Forest) e "Somos do Amor" (It's Love I'm After). Bette se entregou de corpo e alma para o papel, chegando até a desenvolver sua própria maquiagem. O filme que chegou nos cinemas na época da Grande Depressão, não foi muito bem recebido, na verdade gerou um prejuízo de mais de 40 mil dólares.
Mesmo fracassando nas bilheterias, o desempenho de Bette Davis foi notado e comentado, porém Jack Warner não ficou nada contente em ver uma de suas contratadas, em meio a um fracasso comercial e a um filme polêmico. Mesmo com o desempenho elogiado, Bette se viu em meio a um boicote promovido pelo próprio estúdio que a contratara. Jack Warner decidiu abafar qualquer menção à Bette Davis e a seu desempenho no filme. O boicote deu certo a ponto de Bette que era uma das mais fortes candidatas a indicação ao Oscar, ser preterida por Grace Moore no posto das candidatas. Tal atitude causou revolta entre os votantes que mesmo sabendo que Bette não havia sido indicada oficialmente, simplesmente escreviam seu nome nos papéis de votos, chegando a ignorar as reais candidatas (Norma Shearer, Claudette Colbert e Moore). Mesmo assim, Bette não ganhou a estatueta. Claudette Colbert levou o prêmio, pelo seu desempenho em "Aconteceu Naquela Noite" (It Happened One Night).
Bette ficou bastante ofendida e magoada, com a atitude do estúdio. Essa seria uma das primeiras brigas que Bette travaria com Jack Warner. Em busca de redenção, foi providenciado para Bette um roteiro chamado "Perigosa" (Dangerous). Bette a princípio rejeitou o roteiro, mas foi convencida pelo chefe de produção, quando este lhe disse que o papel principal foi inspirado na atriz Jeanne Eagels, que era uma das atrizes que Bette mais admirava. Jeanne Eagels, foi uma famosa atriz da Broadway, que fez alguns filmes mudos e sonoros. Jeanne levava uma vida destrutiva, abusando de álcool e drogas. Jeanne morreu aos 39 anos e foi a primeira atriz a receber uma indicação póstuma ao Oscar, pelo filme "A Carta" (The Letter), filme que seria refilmado anos depois dessa vez com Bette Davis no papel principal.
No filme, Bette interpreta Joyce Heath uma atriz alcoólatra e autodestrutiva, que abandonou os palcos. Em um bar, Joyce conhece Don (Franchot Tone), um arquiteto rico e que está comprometido. Don decide ajudar Joyce a voltar a trabalhar. Os dois se apaixonam e Don termina o seu noivado para ficar com Joyce. Don decide então produzir uma peça para marcar o retorno de Joyce e logo após pedi-la em casamento. O que Don não imagina é que Joyce possui um segredo que pode por tudo a perder. Pelo seu desempenho no filme, Bette levou o prêmio de Melhor Atriz, porém a própria Bette sempre declarou que achava esse prêmio uma "forma de consolação", por ela não ter sido indicada oficialmente no ano anterior, pelo papel de Mildred em "Escravos do Desejo", porém Bette teve a chance de levar mais uma estatueta, pelo seu desempenho em "Jezebel" de 1938.
"Perigosa" foi lançado pela Classicline. Clique na capa, para maiores informações ou para comprar:
O filme foi produzido em 1934, quando o Código Hays era ativo, mas ainda não possuía grande força. O papel de Mildred era bastante contraditório e muitas atrizes o recusaram, por medo de mancharem suas reputações. Foi quando Bette Davis entrou em jogo. Mesmo sabendo que era um papel que poderia acabar de vez com sua carreira que nem havia de fato começado, Bette pediu para ser emprestada a RKO, para fazer o papel. Após uma luta contra Jack Warner que a obrigou a fazer mais uma linha de filmes inexpressivos, Bette conseguiu a liberação para o papel. Bette tinha um ponto a seu favor: o diretor do filme John Cromwell, havia visto um filme com ela e a achava capacitada para o papel e então ele esperou o tempo necessário, para tê-la no projeto.
Bette contou também com a aprovação de Leslie Howard, que de fato era o nome em destaque do filme. Eles ainda fariam mais dois filmes alguns anos depois: "A Floresta Petrificada" (The Petrified Forest) e "Somos do Amor" (It's Love I'm After). Bette se entregou de corpo e alma para o papel, chegando até a desenvolver sua própria maquiagem. O filme que chegou nos cinemas na época da Grande Depressão, não foi muito bem recebido, na verdade gerou um prejuízo de mais de 40 mil dólares.
Mesmo fracassando nas bilheterias, o desempenho de Bette Davis foi notado e comentado, porém Jack Warner não ficou nada contente em ver uma de suas contratadas, em meio a um fracasso comercial e a um filme polêmico. Mesmo com o desempenho elogiado, Bette se viu em meio a um boicote promovido pelo próprio estúdio que a contratara. Jack Warner decidiu abafar qualquer menção à Bette Davis e a seu desempenho no filme. O boicote deu certo a ponto de Bette que era uma das mais fortes candidatas a indicação ao Oscar, ser preterida por Grace Moore no posto das candidatas. Tal atitude causou revolta entre os votantes que mesmo sabendo que Bette não havia sido indicada oficialmente, simplesmente escreviam seu nome nos papéis de votos, chegando a ignorar as reais candidatas (Norma Shearer, Claudette Colbert e Moore). Mesmo assim, Bette não ganhou a estatueta. Claudette Colbert levou o prêmio, pelo seu desempenho em "Aconteceu Naquela Noite" (It Happened One Night).
Bette ficou bastante ofendida e magoada, com a atitude do estúdio. Essa seria uma das primeiras brigas que Bette travaria com Jack Warner. Em busca de redenção, foi providenciado para Bette um roteiro chamado "Perigosa" (Dangerous). Bette a princípio rejeitou o roteiro, mas foi convencida pelo chefe de produção, quando este lhe disse que o papel principal foi inspirado na atriz Jeanne Eagels, que era uma das atrizes que Bette mais admirava. Jeanne Eagels, foi uma famosa atriz da Broadway, que fez alguns filmes mudos e sonoros. Jeanne levava uma vida destrutiva, abusando de álcool e drogas. Jeanne morreu aos 39 anos e foi a primeira atriz a receber uma indicação póstuma ao Oscar, pelo filme "A Carta" (The Letter), filme que seria refilmado anos depois dessa vez com Bette Davis no papel principal.
No filme, Bette interpreta Joyce Heath uma atriz alcoólatra e autodestrutiva, que abandonou os palcos. Em um bar, Joyce conhece Don (Franchot Tone), um arquiteto rico e que está comprometido. Don decide ajudar Joyce a voltar a trabalhar. Os dois se apaixonam e Don termina o seu noivado para ficar com Joyce. Don decide então produzir uma peça para marcar o retorno de Joyce e logo após pedi-la em casamento. O que Don não imagina é que Joyce possui um segredo que pode por tudo a perder. Pelo seu desempenho no filme, Bette levou o prêmio de Melhor Atriz, porém a própria Bette sempre declarou que achava esse prêmio uma "forma de consolação", por ela não ter sido indicada oficialmente no ano anterior, pelo papel de Mildred em "Escravos do Desejo", porém Bette teve a chance de levar mais uma estatueta, pelo seu desempenho em "Jezebel" de 1938.
"Perigosa" foi lançado pela Classicline. Clique na capa, para maiores informações ou para comprar:
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